Início Opinião Entrevistas BICHINHO: ESPORTE SALVA VIDAS, AFIRMA NOVO PROFESSOR DE JIU-JÍTSU

BICHINHO: ESPORTE SALVA VIDAS, AFIRMA NOVO PROFESSOR DE JIU-JÍTSU

Inauguração do Tatame do Bem. (Foto: Divulgação)

Wanderson Nascimento
Notícias Gerais

A comunidade de Vitoriano Veloso, popularmente conhecida como Bichinho, é conhecida por seus atrativos turísticos, com riqueza no artesanato, cultura, história e gastronomia. Mas um projeto recém-iniciado pretende colocar o distrito do município de Prados no cenário das artes marciais.

No último dia 17/7, foi inaugurado o “Tatame do Bem”: projeto que tem a intenção de oferecer aulas gratuitas de jiu-jítsu para as crianças do povoado.

A iniciativa conta com uma parceria entre a Prefeitura de Prados, o Centro de Bichinho e a coordenação do projeto – que já registra oito unidades em funcionamento em Formiga (MG) e uma em Iguatama (MG).

Em Bichinho, o “Tatame do Bem” será liderado pelo professor Aron Henrique Lima de Melo: natural de da cidade de Formiga, ele mora na comunidade há nove meses e é faixa preta em jiu-jítsu.

Foto: Divulgação

À reportagem do Notícias Gerais, Aron conta que começou no jiu-jítsu aos 11 anos de idade e, hoje, aos 31, completa 20 anos de prática da modalidade esportiva. Ele revela que iniciou através do incentivo de um vizinho, que já praticava a arte marcial japonesa há muitos anos e fez o convite.

“Sempre ele me chamava: aí eu fui para o judô e, depois, para o jiu-jítsu. Ele praticava as duas modalidades”, comenta.

Ele explica que, a partir dali, o esporte virou rotina em sua vida. Desde então, vem evoluindo, treinando constantemente e disputando competições, que lhe deram a oportunidade de ir até para outros países.

Fundamental para a saúde

Aron defende que a prática esportiva é fundamental para a saúde física e mental. “Eu acho muito importante a pessoa escolher algum esporte que ela gosta, para a saúde, para ficar bem consigo mesmo, encontrar um momento de paz”, pontua.

“É muito gratificante. Você pode cansar seu corpo, mas vai descansar a mente”, afirma o professor, destacando que as artes marciais – em especial – influenciam muito a disciplina, dentro e fora do tatame.

Aron lamenta a falta de incentivo ao esporte no país, que registra, na maioria das vezes, falta de infraestrutura para as mais diversas modalidades, inclusive as olímpicas.

“É preciso valorizar nossos atletas, pois eles vivem para isso, e nos representam aqui e fora do Brasil. Falta estrutura, apoio dos órgãos competentes”, aponta.

Aron (dir.) recebendo a faixa preta das mãos de seu mestre. Foto: (Arquivo Pessoal)

Realização de um sonho

Ele afirma que se mudou para Bichinho para montar uma loja, tendo ficado sem local para realizar os respectivos treinos. Além disso, viu muitas crianças ociosas, na rua, e sentiu vontade de fazer algo.

“Falei que precisava de fazer um pouco mais para a comunidade aqui, que me acolheu com muito carinho. Toquei no assunto com meu mestre, Rodrigo Assalin, e ele me incentivou a montar a 10ª unidade do ‘Tatame do Bem’, aqui no Bichinho”, relata.

O professor explica que já era um sonho de dar aula para crianças e adolescentes: o que, para ele, é mais do que simplesmente conduzir treinos.

“Não é só esporte que a gente faz: a gente salva vidas, ajuda adolescentes a sair do mundo das drogas, ter disciplina, e não conhecer o lado obscuro da vida”

– afirma Aron Henrique Lima de Melo, professor de jiu-jítsu em Bichinho.

Ele finaliza convidando todos os interessados a participarem, ressaltando que é um projeto social, filantrópico, com participação inteiramente gratuita e que pretende, no futuro, receber alunos jovens e adultos.

Serviço

Os interessados em participar das aulas devem procurar o Centro Comunitário de Bichinho para fazer as respectivas inscrições.

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