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BANCADA MINEIRA AJUDA BOLSONARO A CONGELAR SALÁRIOS DOS SERVIDORES QUE COMBATEM O CORONAVÍRUS

Reprodução: TV Câmara

Celso Bejarano
Especial para o Notícias Gerais

Brasília (DF) – Trinta e dois dos 53 deputados federais mineiros, isto é, 60% da bancada de MG na Câmara dos Deputados, mantiveram o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que proíbe o aumento salarial aos servidores públicos estaduais, municipais e federais que atuam na linha de frente de combate à pandemia do coronavírus.

A medida foi votada nesta quinta-feira (20) sob forte pressão do governo federal. Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, apoiou o desejo de Bolsonaro.

Projeto aprovado em maio passado pelo Congresso Nacional impunha a proibição do reajuste até dezembro de 2021 a todos os trabalhadores do serviço público.

No entanto, pela regra deliberada, o reajuste seria permitido a algumas categorias, como setores da segurança pública, áreas de saúde, limpeza urbana e ainda os serviços funerários, contingente que enfrenta de perto a guerra contra a doença.

Mas o governo de Bolsonaro discordou de qualquer aumento, alegando que os reajustes poderiam provocar gastos que somariam até R$ 120 bilhões e isso inviabilizaria sua gestão.

Daí o presidente barrou a proposta, mas o Senado contrariou o presidente votando contra o veto na quarta-feira (19).

Restou à Câmara em definir a questão. Se os deputados federais seguissem o mesmo entendimento dos senadores, os enfermeiros, médicos, policiais e os funcionários públicos que atuam no combate ao coronavírus poderiam conquistar os aumentos salariais.

Contudo, 316 deputados cravaram um sim pela proibição do aumento ante os 165 que tentaram impedir a proibição do reajuste, uma lavada. O veto só seria derrubado se 257 deputados votassem contra a vontade do mandatário.

O governo de Bolsonaro afirmou que o veto ao aumento salarial era parte de um acordo acertado antes com os governadores.

Pelo pacto, o governo federal prometeu repassar aos Estados e municípios em torno de R$ 60 bilhões e também suspender temporariamente o pagamento de dívidas públicas. O benefício, pelo combinado, teria como contrapartida a proibição dos reajustes.

Antes da votação vencida pelo presidente, a deputada federal Margarida Salomão, do PT de MG, já havia protestado contra o veto.

“Bolsonaro vetou a correção dos salários de diversos funcionários públicos, especialmente aqueles envolvidos no combate à pandemia. Isso é uma crueldade”, escreveu a parlamentar em suas redes sociais.

Dois integrantes do PSL de MG, cuja orientação do comando da sigla era a de manter o veto, traíram a sigla. Os deputados Delegado Marcelo Freitas e Léo Motta votaram pela queda do veto.

Quem votou sim

Dos deputados federais de MG, votaram pela manutenção do veto de Bolsonaro, ou seja, pela censura aos aumentos salariais dos servidores públicos:

Aécio Neves, do PSDB;
Bilac, do DEM;
Charles Evangelista, do PSL;
Diego Andrade, do PSD;
Dimas Fabiano, do PP;
Domingos Sávio, do PSDB;
Dr. Frederico, do Patriota;
Eduardo Barbosa, do PSDB;
Emidinho Madeira, do PSB;
Enéias Reis, do PSL;
Eros Biondini, do Pros;
Euclydes Pettersen, do PSC;
Franco Cartafina, do PP;
Fred Costa, do Patriota;
Fábio Ramalho, do MDB;
Gilberto Abramo, do Republicanos;
Greyce Elias, do Avante;
Hercílio Costa Diniz, do MDB;
Junio Amaral, do PSL;
Lafayete de Adrada, do Republicanos;
Luís Tibé, do Avante;
Marcelo Aro, do PP;
Mauro Lopesm do MDB;
Misael Varella, do PSD;
Newton Cardoso Júnior, do MDB;
Paulo Abi-Ackel, do PSDB;
Pinheirinho, do PP;
Rodrigo de Castro, do PSDB;
Stefano Aguiar, do PSD;
Tiago Mitraud, do Novo;
Zé Silva, do Solidariedade
Zé Vitor, do PL.

Quem votou não

Parlamentares mineiros que discordaram da ideia que proíbe o aumento salarial aos servidores que atuam no combate ao coronavírus:

Delegado Marcelo Freitas, do PSL;
Júlio Delgado, do PSB;
Leonardo Monteiro, do PT;
Léo Motta, do PSL;
Margarida Salomão, do PT;
Mário Heringer, do PDT;
Odair Cunha, do PT;
Padre João, do PT;
Patrus Ananias, do PT; 
Paulo Guedes, do PT;
Reginaldo Lopes, do PT;
Rogério Correia, do PT;
Subtenente Gonzaga, do PDT;
Vilson da Fetaemg, do PSB;
Weliton Prado, do Pros
Áurea Carolina, do Psol.

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