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FHEMIG SE POSICIONA SOBRE POSSÍVEL FECHAMENTO DE AMBULATÓRIO DE SAÚDE MENTAL EM BARBACENA

Imagem: Google Maps / reprodução

Arthur Raposo Gomes
Notícias Gerais

A informação sobre um possível encerramento das atividades de um ambulatório de saúde mental, sediado no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena (CHPB), tem preocupado moradores da cidade. Um manifesto on-line foi iniciado para recolher assinaturas contra o fechamento do espaço – que integra a rede da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).

Na página do abaixo-assinado virtual, os participantes pontuam que o ambulatório citado acolhe cerca de 800 atendimentos psiquiátricos por mês – entre crianças, adolescentes, adultos e idosos com “quadros graves de depressão, bipolaridade, TDAH, transtorno obsessivo-compulsivo, esquizofrenia e dependência de álcool e outras drogas”.

Os manifestantes também declaram que “é uma ambulatório atualizado que têm por essência um serviço humanizado, que respeita a individualidade do ser, luta pela integração social do indivíduo e o faz com TÉCNICA baseada CIÊNCIA ATUALIZADA”.

“Tal medida gerará desassistência a muitas pessoas que são dependentes deste serviço”, defende os assinantes do documento virtual.

O que a Fhemig diz

O Notícias Gerais entrou em contato com a assessoria de comunicação da Fhemig, nesta quarta (12). Por meio de nota, a instituição indica que “redirecionou os serviços ambulatoriais do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena (CHPB) para os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) da região, pactuados com os devidos municípios”, conforme orientação da Diretoria de Saúde Mental da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES MG) e respeitando as premissas da Política Estadual de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas (PESMAD). No entanto, reitera que “a unidade permanecerá como referência no acolhimento de urgência de pacientes da saúde mental”.

No texto da Fhemig, é citado que foi feito um levantamento e discussão entre a diretoria assistencial e diretores dos hospitais psiquiátricos da rede, sendo “identificada que a região possui estrutura para o atendimento de saúde mental para adultos, crianças e adolescentes capazes de prover todo o cuidado a nível ambulatorial”. “Essas unidades recebem habilitação federal para prestar esse cuidado, assim como recursos para o custeio e possuem planejamento uniformizado de funcionamento, incluindo plantões noturnos nos finais de semana”, completa.

Em seguida, apresenta a nova distribuição do atendimento ambulatorial de saúde mental da região. Os pacientes deverão se dirigir ao Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) das seguintes cidades: Barbacena (CAPS III E CAPS AD III), Piranga (CAPS I), Ouro Branco (CAPS I), Congonhas (CAPS II e CAPS AD) e Conselheiro Lafaiete (Caps III, CAPS AD III e CAPSi).

“Com a rede de saúde mental organizada e consolidada, o CHPB pode ampliar os serviços ofertados à população, atuando em áreas demandadas e pouco cobertas, como a reabilitação de pacientes crônicos ou vítimas de traumas”, afirma, em resposta à solicitação da reportagem.

O que a Prefeitura diz

A Prefeitura de Barbacena, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, já tinha emitido uma nota sobre o caso na noite de terça (11).

A administração municipal confirma que participou de uma reunião, no dia 27 de julho, com a diretoria assistencial da Fhemig, a Diretoria de Saúde Mental da SES, Superintendência Regional de Saúde de Barbacena, além de representantes do CHPB, sobre o “alinhamento do CHPB frente à reestruturação da Fhemig”.

“Todas as representações presentes e citadas anteriormente concordaram que deve ser realizada uma avaliação do atual cenário de atendimento de pacientes no Ambulatório de Saúde Mental e construído um plano de ação que garanta que quaisquer processos a serem conduzidos não gerem desassistência à população”, complementa.

O documento também destaca que, apesar de o CHPB prestar serviços à Secretaria Municipal de Saúde de Barbacena, isso “não o desvincula da gestão subordinada e realizada pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais que tem suas diretrizes e planejamentos conduzidos em instâncias centrais”. Por fim, sinaliza que as outras unidades mantidas pela prefeitura destinadas ao tratamento de saúde mental de pacientes continuam em funcionamento.

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