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MORTE DO “VOVÔ TIKTOKER” ALERTA PARA RISCO DE FRATURA DE FÊMUR EM IDOSOS

Nelson Miolaro e a esposa, Nair Donadelli, ficaram conhecidos como Vovôs TikTokers – (Foto: Reprodução/Redes sociais)

Wanderson Nascimento
Notícias Gerais

Com o passar dos anos e o aumento da idade, os fatores de risco de sofrer quedas vão aumentando, entre eles, a fragilidade dos ossos, a perda de equilíbrio e de força, além da dificuldade para enxergar. Essas quedas podem causar graves lesões, inclusive a fratura de fêmur e de quadril, que pode trazer consequências irreversíveis para os idosos.

Na última quinta (15), faleceu Nelson Miolaro, integrante do casal “Vovôs Tiktokers“, que tem mais de sete milhões de seguidores no TikTok e quase três milhões no Instagram. Considerado uma celebridade entre os internautas, Nelson, que tinha 90 anos, sofreu uma queda no banheiro, que provocou uma fratura na cabeça do fêmur. Ele precisou passar por uma cirurgia, e, em decorrência dos medicamentos e anestesia, teve uma sobrecarga nos rins, que fez necessária a intubação. O idoso não resistiu e veio a óbito.

Imagem: reprodução

A reportagem do Notícias Gerais conversou com o ortopedista e traumatologista Rodrigo Antonio Barros Abrantes, que atua na área de quadril e pélvis, realizando atendimento no Hospital Nossa Senhora das Mercês e na clínica Espaço Fit, em São João del-Rei.

Ao portal, o médico elencou a gravidade da lesão e explicou que existem basicamente dois tipos de fraturas de fêmur no idoso, as associadas a quedas (mais comuns) e aquelas que ocorrem espontaneamente, por insuficiência óssea, devido a outras patologias.

“As fraturas são extremamente delicadas nos idosos em razão das múltiplas consequências, seja por descompensar quadros clínicos ou mesmo associadas a eventos como trombose e embolias”, sinalizou.

Abrantes afirmou que, atualmente, o tratamento visa reintegrar o idoso ao seu padrão de atividade anterior à fratura o quanto antes, restaurando sua mobilidade o mais rápido possível.

Ele também explicou que as consequências desse tipo de fratura podem agravar a situação do paciente, uma vez que a recuperação demanda imobilidade, que pode aumentar o risco de outras doenças.

“Quando não tratadas idealmente ou em tempo hábil, evoluem para incapacidade do membro fraturado, associando eventos vasculares e posterior ou indiretamente infecções urinárias, pneumonia e outros devido à imobilidade”

– alertou o médico.

Cuidados devem ser reforçados

O ortopedista também pontuou algumas medidas de segurança – que envolvem a prevenção, inicialmente pelo tratamento da osteoporose e mudando alguns hábitos no domicílio do idoso, por exemplo, evitar tapetes, cuidados com animais domésticos, escadas e principalmente o uso de banheiros, onde sugere que sejam instalados apoios e piso antiderrapante.

Ele também apontou que os cuidados devem ser tomados mesmo antes da terceira idade, para reduzir os riscos. “Importante ressaltar que os cuidados de prevenção iniciam na idade jovem uma vez que formamos nosso estoque de cálcio até a terceira década de vida. Além disso, importante evitar uso de tabaco e drogas, consumo demasiado de refrigerantes e manter alimentação rica em cálcio, além de manter a vitamina D em dia”.

Ele finalizou confirmando que é fundamental a prevenção dessas fraturas – uma vez que aumentam muito as chances de mortalidade dos idosos.

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