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O prato de hoje está ligado à minha história de vida e de cozinha. Estou falando do “mexido”. Eita coisa boa, de se fazer e de comer!

Gosto de comida de verdade. Comida bem feita, saborosa e gostosa. Seja ela um prato mais elaborado ou um simples. Comida tem que ser bonita, colorida, com aquele cheiro que te faz salivar e/ou lembrar de alguma ocasião, encontro, festa etc.

Depois de idas e vindas pelas prateleiras, um livro em especial me chamou a atenção naquele momento. Era um livro que trazia receitas para todas as ocasiões. Peguei o livro, abri e cheirei. Isso mesmo! Adoro cheiro de livros. Mas o que tinha de especial nesse livro que chamou a atenção, afinal? Um capítulo intitulado “Velório”. Como o livro trata de comidas para diversos tipos de ocasiões, tal título não deveria ficar de fora.

Bibi nasceu Maria Teresa de Jesus. Bisneta de escravos, considerava a mim e meus irmãos como netos dela e a recíproca era verdadeira. Dona de uma força de trabalho incrível. Parecia que era incansável. Sempre tinha uma palavra de alento e um ditado popular para falar. Sempre dizia esse quando alguém falava com ela para descansar um pouco: “guarde o que comer, mas não guarde o que fazer”.

Com a suspensão do passeio do trenzinho, a doceira ficou desesperada sem saber como garantir o sustento dos três filhos e dois netos. Mas Edna dos Santos Marcelina é uma lutadora e decidiu investir na fabricação de quitutes para entrega à domicílio.